Saúde e Segurança Ocupacional no Setor Florestal

A saúde e a segurança ocupacional são itens fundamentais para garantir o bem-estar dos trabalhadores e a produtividade desejada das empresas. Mas você sabe o que eles significam e como aplicá-los na prática? Neste post, vamos explicar o que é, qual é a sua importância, quais são os seus objetivos, como está a legislação brasileira sobre o assunto e a ergonomia na colheita florestal das organizações. Acompanhe!

O que é Saúde e Segurança Ocupacional?

Saúde e Segurança Ocupacional (SSO) é um conjunto de práticas, normas, atividades, ações e medidas preventivas que visam proteger a saúde física e mental dos trabalhadores, bem como prevenir e reduzir os acidentes e os riscos relacionados ao trabalho.

Ela pode ser dividida em dois conceitos complementares, que são assim definidos:

Saúde ocupacional é a área que se preocupa com a prevenção das doenças ocupacionais, ou seja, aquelas que são causadas ou agravadas pelo trabalho. Essas mazelas podem ser provocadas pela exposição a agentes físicos (ruído, calor, radiação), químicos (gases, vapores, particulados) ou biológicos (vírus, bactérias, fungos) e também por fatores ergonômicos (postura inadequada, esforço repetitivo, estresse).

Já a segurança ocupacional é a área que se preocupa com a prevenção dos acidentes de trabalho, ou seja, aqueles que ocorrem pelo exercício do trabalho e que provocam lesão corporal ou perturbação funcional. Dessa maneira, podem ser causados por condições inseguras (máquinas defeituosas, iluminação precária, falta de equipamentos de proteção) ou por atos inseguros (imprudência, negligência, imperícia).

Qual é a sua importância?

São importantes tanto para os trabalhadores quanto para as empresas. Veja alguns benefícios que podem ser considerados:

● Para os trabalhadores: melhora a qualidade de vida, previne doenças e lesões, reduz o absenteísmo e o afastamento, aumenta a satisfação e a motivação, favorece o desempenho e a produtividade.
● Para as empresas: reduz os custos com assistência médica, indenizações e multas, evita perdas de materiais e equipamentos, melhora a imagem e a reputação da organização, fortalece o clima organizacional e a cultura de segurança.

Quais são as principais doenças ocupacionais?

São aquelas causadas pela profissão do trabalhador, seja pelo tipo de atividade em si ou por alguma condição do local de trabalho. No Brasil, algumas enfermidades ocasionadas pelo serviço podem ser:

● Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho (DORT);
● Asma Ocupacional;
● Surdez temporária ou definitiva;
● Antracose pulmonar.

Como evitá-las?

Existem várias práticas que podem ajudar a driblar as doenças ocupacionais. Algumas delas incluem:

● Reforçar a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Eles são fundamentais na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, pois protegem os funcionários.
● Divulgar os riscos: Antes de se prevenir, os funcionários devem conhecer todos os riscos a que estão submetidos.
● Realizar exames periódicos: Eles ajudam a detectar precocemente possíveis problemas de saúde relacionados ao trabalho.
● Promover o bem-estar corporativo: Atividades como ginástica laboral e padronização de fluxos e processos.

Como está a legislação brasileira sobre esse assunto?

A legislação brasileira sobre tema está baseada na Constituição Federal de 1988, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de 1943 e nas Normas A Saúde e SSO. É um conjunto de práticas, normas, atividades, ações e medidas preventivas que devem ser adotadas pelas organizações com o objetivo de melhorar o ambiente laboral e prevenir doenças ocupacionais e acidentes relacionados ao trabalho. A SSO visa principalmente evitar e até reduzir os acidentes que ocorrem no ambiente do trabalho, prevenir as doenças e reduzir os riscos ocupacionais.
A Saúde Ocupacional tem por objetivo zelar pela saúde física e mental do trabalhador, prevenindo as doenças ocupacionais, visto que essas doenças são provenientes da exposição contínua dos trabalhadores às substâncias e agentes nocivos à saúde. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendam o desenvolvimento e a implementação de programas sustentáveis para a gestão da saúde e segurança ocupacional dos profissionais de saúde nos níveis nacional, subnacional e das unidades de saúde. Esses programas devem cobrir todos os riscos ocupacionais – infecciosos, ergonômicos, físicos, químicos e psicossociais.

Ergonomia na colheita florestal

A ergonomia é o estudo da relação entre o homem e seu trabalho, ambiente e equipamentos, e tem por objetivo a adaptação do trabalho ao homem. A aplicação de estudos ergonômicos nas operações de colheita florestal visa reduzir a fadiga física e mental dos trabalhadores, aumentando sua satisfação e bem-estar. Isso melhora seu desempenho e aumenta a sua produtividade.
Um dos problemas na área florestal é a colheita semimecanizada, que propicia riscos à saúde, devido à adoção de posturas inadequadas e ao alto esforço físico, derivando em patologias ligadas à coluna vertebral, como lombalgia e hérnia de disco.
Como forma de corrigir essas adversidades, surgiram as máquinas florestais, (Feller Buncher, Harvester, Forwarder e Skidder) sendo essas com cabine fechadas, com o intuito de manter uma temperatura mais amena para o operador e cadeiras mais ergonômicas.

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Autores: Natália Vieira, Nicolas Matos