Projeto Corymbia UFV

Todo mundo conhece a muito tempo o Corymbia mesmo ele sendo classificado em gênero recentemente. Sabe aquele “Eucalipto” cheiroso? Isso mesmo, esse é o Corymbia!

Os clones híbridos de Eucalyptus reinaram por décadas na formação de florestas como fonte de matéria prima para as mais distintas atividades industriais, não é à toa que a maioria dos genótipos florestais comerciais pertencem ao gênero Eucalyptus, com cerca de 7,53 milhões de hectares plantadas. A indústria florestal, buscando inovação e melhoria dos processos, almejava características como maior densidade básica, tolerância a doenças e distúrbios fisiológicos, aliado à boa adaptabilidade as diferentes regiões do Brasil.

Os avanços dos programas de melhoramento genético possibilitaram que gênero Corymbia, recentemente implantado no Brasil, em pequenos plantios, se mostrasse um concorrente à altura dos Eucalyptus.  O Corymbia vem apresentando bons resultados de produtividade, como densidade da madeira acima de 600 kg/m³ aos 7 anos, baixa exsudação de goma ou kino, possibilitando um mundo de produtos diferenciados para a indústria florestal brasileira.

Essa grande possibilidade reuniu 21 empresas do setor florestal brasileiro em sinergia com o Departamento de Engenharia Florestal (DEF) para o projeto cooperativo “Desenvolvimento de Genótipos de Corymbia para a Indústria Florestal – UFV”, visando o desenvolvimento de clones de Corymbia em diferentes ambientes para produção de chapas, energia, carvão e celulose com produtividade em massa de madeira e consumo específico melhores do que os atuais materiais no mercado.

O projeto está em seu terceiro ano de atuação e já possui resultados promissores quanto ao número de matrizes no pomar de cruzamento, obtenção de pólen e sementes melhoradas.  Esses elementos influenciaram diretamente em novos híbridos (com diferentes espécies) que foram plantados em canaletões para o processo de clonagem individual de progênies.

Este processo produzirá pelo menos 200 clones de híbridos de Corymbia para plantio nas áreas experimentais do projeto e para envio para todas as empresas participantes, a fim de observar a adaptação dos clones em campo.  O resultado final do projeto será a indicação de clones com baixo consumo de madeira na indústria florestal, ou seja, vamos produzir mais com menos.

O projeto é coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia Florestal, Gleison dos Santos e coordenado operacionalmente pelo mestrando em ciências florestais André Peixoto. Além disso, o projeto conta com estudantes de graduação e pós-graduação.

Gostou do projeto? Então fique ligado! Continue acompanhando nosso blog para conhecer mais sobre os projetos da Unidade EMBRAPII Fibras Florestais UFV