ESG é uma sigla em inglês que abarca e compila os conceitos Environmental, social and governance (ambiental, social e governança). O termo foi cunhado em 2004, no relatório “Who Cares Wins” (“Quem se importa ganha”, tradução livre) do Pacto Global, através de uma iniciativa liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em linhas gerais, o relatório propõe diretrizes e recomendações para que a integração das questões ambientais, sociais e de governança, saiam do âmbito das intenções e passe a fazer parte do centro de estratégia das corporações.

Eventos recentes como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), formulados em 2015, pela ONU, e a pandemia da Covid-19, que começou em 2020, ecoam como um chamado para a incorporação do ESG nos diversos setores empresariais. Diante desse contexto, a partir de 2021, os aspectos ambientais, sociais e de governança ganharam uma nova conotação no mercado, fazendo com que saia na frente as empresas que integram em suas ações o ESG.

De maneira geral, as ações ESG representam o cuidado com o meio ambiente, a responsabilidade social e boas práticas de governança. Isso significa compreender como as empresas atuam diante de cada um desses aspectos.  Segundo o Relatório “Who Cares Wins” do pacto global de 2004, os fatores ambientais, sociais e de governança que impactam o valor das empresas são:

Environmental (Ambiental):

  • Mudanças climáticas e riscos relacionados;
  • A necessidade de reduzir as emissões tóxicas e resíduos; nova regulamentação ampliando os limites da responsabilidade ambiental no que diz respeito a produtos e serviços;
  • Aumento da pressão da sociedade civil para melhorar o desempenho, transparência e responsabilidade, levando a riscos de reputação se não gerenciado corretamente;
  • Mercados emergentes para serviços ambientais   e   produtos ecológicos.

Social:

  • Saúde e segurança no local de trabalho;
  • Relações Comunitárias;
  • Questões de direitos humanos na empresa e fornecedores/instalações dos contratados;
  • Relações com o governo e a comunidade   no   contexto   das operações em países em desenvolvimento;
  • Aumento da pressão da sociedade civil para melhorar o desempenho, transparência e responsabilidade, levando a riscos de reputação se não gerenciado corretamente.

Governance (Governança):

  • Estrutura e responsabilidade do conselho;
  • Práticas de contabilidade e divulgação;
  • Estrutura    do    comitê    de auditoria e independência dos auditores;
  • Remuneração executiva;
  • Gestão de questões de corrupção e suborno.

 

Quanto a obtenção de um selo ESG, quem irá determinar se a empresa pode obter o selo são fundos de investimento, bolsas de valores e consultorias. A seguir selecionamos alguns índices de ESG que são utilizados no Brasil.

 

Índice de Sustentabilidade Empresarial

(ISE B3)

É o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial. Para fazer parte, é preciso que a empresa comprove suas práticas, um dos aspectos deste índice é que ele exige o cumprimento dos princípios do Pacto Global da ONU.
Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT B3) Composto exclusivamente de ações de companhias listadas na B3 que atendem aos critérios de inclusão. Nesse índice, não entram empresas em recuperação judicial ou extrajudicial, regime de administração temporária ou qualquer outra situação especial.
Índice de Carbono Eficiente (ICO2) Reconhece as empresas que possuem políticas internas para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa e também a emissão de carbono.

Sistema B

É uma certificação emitida por meio de uma Avaliação de Impacto B, que é uma ferramenta confidencial, online e gratuita, que faz um diagnóstico das operações e do modelo de negócio das empresas, observando como elas afetam seus funcionários, comunidade, meio ambiente e clientes – desde sua cadeia de suprimentos e materiais de entrada até suas doações de caridade e benefícios aos funcionários.

 

O processo para obtenção do selo é autorregulado e começa com um diagnóstico da empresa, para que se possa compreender como está a sua situação em relação ao desenvolvimento de ações nos aspectos ambientais, sociais e de governança.

A fim de discutir ainda mais sobre o tema, para que nossas associadas e parceiras fiquem por dentro do mundo ESG, a SIF lançou, em seu canal do Youtube, uma Websérie com 3 episódios. Cada episódio, possui um especialista discutindo uma das siglas do ESG. Vamos deixar o link abaixo, para que você também possa ter acesso a esse conteúdo.

Episódio 1 – Environmental: Websérie SIF – ESG | Environmental

Episódio 2Social: Websérie ESG: Episódio 2 – Social

Episódio 3Governance: Websérie ESG: Episódio 3 – Governance

Como podemos ver, o ESG é extremamente importante e a sua empresa não pode ficar de fora dessa discussão e do desenvolvimento de ações neste aspecto. O GT Sociedade pode te ajudar com isso, quer saber como? Entre em contato!