Restauração e sustentabilidade

Nas últimas décadas, o mundo se deparou com um questionamento nos modelos de produção e um movimento de sustentabilidade tomou conta da sociedade. A partir disso, o foco dos negócios no Brasil tem girado em torno do tripé da sustentabilidade, buscando que a atividade seja ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável.

Esse cenário fica claro ao avaliar dois pontos de extrema importância para muitas empresas: legislação ambiental e certificações. A legislação brasileira evoluiu muito nas últimas décadas no que se refere ao meio ambiente e existem inúmeros dispositivos legais que refletem nas atividades de empresas de base florestal, de mineração e de geração de energia.

O Código Florestal é a principal ferramenta de proteção da vegetação nativa que norteia as demandas de restauração de empresas de base florestal e de geração de energia. Esse grupo de empresas necessita de uma área considerável para gerar seu produto final, seja com extensos povoamentos florestais ou com grandes reservatórios de água. Nesse ponto, as empresa se deparam com a necessidade de restauração de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal para a regularização de suas propriedades.

No caso da mineração, existe um conjunto de leis, resoluções e instruções normativas que norteiam a restauração de áreas mineradas e a compensação ambiental devido a eventuais necessidades de supressão de vegetação nativa ou de árvores isoladas.

Além das exigências legais, mais recentemente as empresas se depararam com uma nova exigência: a do mercado. As certificações foram criadas como um meio do cliente garantir que certo produto atende a um conjunto de normas. E então surgiram as certificações de gestão ambiental e as certificações florestais. Esse conjunto de fatores fez com que a atividade de restauração de ecossistemas naturais se consolidasse como uma forma das empresas atingirem a excelência em sustentabilidade.

Meio ambiente dentro das empresas

As grandes empresas destinam anualmente elevados valores ao setor de meio ambiente. Dentre as muitas demandas, como gestão de recursos hídricos e efluentes, de resíduos sólidos e de emissão de gases, uma se destaca para o nosso foco: gestão da biodiversidade.

Apenas as empresas associadas ao GT Restauração possuem algo em torno de 1,5 milhão de hectares destinados à conservação. Não é erro de digitação, afirmo prevendo a surpresa que esse valor estrondoso pode causar. São números baseados relatórios de sustentabilidade e que reafirmam a responsabilidade ambiental, já que essas áreas extensas não fazem parte do processo produtivo.

Além de conservadas, essas áreas são alvo de monitoramento e de estudos ecológicos. Muitas delas estão sob um regime especial de proteção e manejo, como Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e Áreas de Alto Valor para Conservação (AAVCs) em razão da flora e fauna que ali são encontradas. Devido à expensão dos negócios e ao investimento que vem sendo feito em restauração ecológica por essas empresas, a área total destinada à conservação tende a aumentar cada vez mais.

Além do investimento das empresas para conservar suas áreas próprias, existe ainda um grande investimento no ambiente externo através de projetos socioambientais. A partir daí surge uma variabilidade muito grande de projetos para a conservação da biodiversidade e na busca do desenvolvimento sustentável das comunidades do entorno.

Todas essas iniciativas acompanham uma agenda mundial de desenvolvimento, visto que essas empresas estão comprometidas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. A restauração conduzida pelas empresas com toda certeza possui um grande potencial em contribuir para atingir esses objetivos e estará em grande evidência nos próximos anos.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: Organização das Nações Unidas

Cabe destacar que as iniciativas de restauração de florestas e outros ecossistemas por parte das empresas deste grupo, além cumprirem aspectos legais e de certificação, são fundamentais não apenas para o retorno e conservação da biodiversidade mas também para os serviços ecossistêmicos que elas promovem.

Visite o site das empresas participantes do GT Restauração para conhecer mais sobre as inciativas com foco em meio ambiente:

 

AngloAmerican          Cenibra          CMPC          Klabin          Suzano          Veracel

 

Luiz Henrique Cosimo

Engenheiro Florestal

Coordenador Operacional GT Restauração

 

 

Sebastião Venâncio Martins

Prof. Titular DEF/UFV 

Líder Técnico GT Restauração