Inovação desenvolvida na UFV é publicada em revista internacional.
A novidade permite resgate de DNA de espécies nativas em campo e aceleração do florescimento.
Resultado de uma dissertação de mestrado, a inovação desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa é um marco para a conservação genética de espécies nativas e tem profundo uso prático no resgate em campo e propagação de árvores em risco de extinção ou que sejam danificadas por acidentes ambientais. A dissertação foi publicada na Annals of Forest Reseach, notória revista científica em temas florestais.
Um dos autores do trabalho, Gleidson Guilherme Caldas Mendes – atualmente, doutorando em Ciência Florestal no Departamento de Engenharia Florestal (DEF/UFV) – respondeu algumas perguntas e reafirmou o impacto da inovação.
SIF – Esse trabalho pode ser considerado um marco tanto para a conservação genética quanto para a produção em escala de espécies nativas?
Gleidson Guilherme – A pesquisa é um marco no que tange a conservação genética e melhoramento da flora nativa brasileira, pois permite o resgate genético de espécies arbóreas em risco de extinção e/ou de indivíduos danificados por acidentes ambientais. Além disso, possibilitam a formação de pomares altamente produtivos e sementes com ampla variabilidade genética. Possibilitam, ainda, a partir do florescimento precoce, a formação de híbridos interespecíficos buscando aproveitar a máxima heterose entre os cruzamentos.
SIF – como você vê a importância das parcerias interveniadas pela SIF entre a universidade e a iniciativa privada?
GG- A partir de projetos firmados pela parceria público privada, acreditamos que será possível resgatar e conservar uma maior quantidade de espécies arbóreas nativas, diminuindo os riscos de perdas por acidentes ambientais ou mesmo pela supressão vegetal (em caso de uso da terra para mineração). Os exemplares resgatados permanecerão salvaguardados em bancos de germoplasma e estarão a disposição para futuro retorno ao campo.
Imediatamente após a publicação do trabalho, a empresa Vale assinou um contrato com os pesquisadores para aplicar as técnicas em árvores que estão sofrendo com o derramamento da barragem de Brumadinho.
Esse trabalho foi realizado em parceria com o Tolerância à Seca, utilizando pomares e outras estruturas financiadas pelas empresas participantes do projeto.
Você pode ler a publicação da revista na íntegra acessando o link.