Floresta 4.0: Desafios e soluções empregados na Colheita Florestal
A Indústria 4.0 é considerada a quarta Revolução Industrial, caracterizada pela integração de tecnologias digitais avançadas, como a Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA), big data, computação em nuvem, robótica avançada, e sistemas ciber-físicos. Estes elementos permitem a automação inteligente e a comunicação em tempo real entre máquinas, sistemas e humanos, otimizando processos produtivos e promovendo maior eficiência e flexibilidade nas operações. No Setor Florestal, tal conjuntura é conhecida como Floresta 4.0, movimento que busca implementar estratégias avançadas para decisões rápidas e precisas, resultando em melhorias significativas e uma integração mais eficiente entre o campo e o escritório.
Com os avanços do setor florestal, com novas unidades fabris e expansões, os conceitos de Floresta 4.0 e Indústria 4.0 tornaram-se cruciais para manutenção do setor competitivo e sustentável. A integração tecnológica aprimora a eficiência da cadeia de valor, proporcionando maior assertividade e agilidade na tomada de decisões, resultando em redução de custos e otimização dos processos. Isso é possível graças à maior segurança e rastreabilidade dos dados proporcionadas pela automação e digitalização dos processos, o que fortalece a inovação dentro das empresas.
Impulsionados por investimentos em inovações de ponta, os avanços tecnológicos são notáveis nas atividades de Colheita Florestal. Dentre as novidades, tem-se máquinas de colheita cada vez maiores em tamanho e com alta tecnologia embarcada. Tecnologias de navegação, como mapas embarcados, auxiliam os operadores para uma atividade mais segura e eficiente em função de seus sistemas que alertam sobre a aproximação de zonas de perigo e de áreas de preservação permanente (APP), promovendo, dessa forma, uma tomada de decisão que evite potenciais transtornos e acidentes. Além disso, computadores embarcados são utilizados para apontamentos de paradas e para acompanhamento de indicadores chaves em tempo real, estando de fácil acesso ao operador o consumo de combustível, a disponibilidade mecânica e a produtividade.
Adicionalmente, sensores avançados, softwares de análise de dados e aplicativos especializados facilitam a leitura e interpretação de variáveis inerente às operações, tornando-as automatizadas e mais eficazes. Há, por exemplo, no cotidiano operacional da colheita, sistemas de monitoramento capazes de evitar manobras perigosas e que emitem alertas de cansaço. Além disso, outro aspecto que se desenvolve nessa linhagem é a logística de manutenções, combustíveis e lubrificantes, otimizada a partir de tais recursos, garantindo eficiência e precisão nos processos. Dessa forma, as tomadas de decisões passam a ser mais assertivas e objetivas, culminado em maior produtividade atrelada à redução de custos.
No processo logístico, por sua vez, são utilizados os veículos aéreos não tripulados (VANT) principalmente para o planejamento de construção e manutenção de estradas, buscando garantir estratégias de alocação e controle de qualidade das vias. Com isso, aumentam as possibilidades de melhores traçados geométricos e inspeção da pista de rolamento.
O uso de drones e satélites para controle e monitoramento das áreas de pré-colheita é outro aspecto inovador que está se expandindo, proporcionando uma supervisão mais precisa e eficiente das condições florestais e um planejamento mais eficaz da colheita. Drones equipados com câmeras multiespectrais e de alta resolução auxiliam na identificação de áreas prontas para a colheita, além de fazerem a avaliação da saúde da árvore garantindo uma operação no tempo ideal. Dessa maneira, tais artifícios também atuam como facilitadores nas atividades de gestão de resíduos e segurança do trabalho. No primeiro caso, ocorre o reconhecimento de resíduos gerados pelas operações de colheita, auxiliando na tomada de decisão para a respectiva remoção. No tocante à segurança, são identificadas zonas de perigo e são analisadas práticas de segurança visando a redução de risco de acidentes.
Vale ressaltar que a gestão das operações está mudando com o uso de Big Data e Blockchain. Por um lado, o Blockchain garante a rastreabilidade e a integridade das informações ao longo da cadeia de produtividade, por outro, o Big Data permite a análise de grandes volumes de dados para otimizar o processo de produção e prever tendências.
Apesar dos avanços tecnológicos, o setor florestal enfrenta diversos desafios no desenvolvimento do conceito Floresta 4.0. Em locais remotos, onde a conectividade é limitada, a transmissão de dados em tempo real se torna uma tarefa difícil e, muitas vezes, quase impossível, comprometendo a integração eficaz das tecnologias IoT. Além disso, há desafios técnicos relacionados à integração de diversos equipamentos e sistemas tecnológicos, enquanto os trabalhadores florestais necessitam de treinamento contínuo para operar essas novas tecnologias avançadas. O alto custo inicial e a manutenção dessas tecnologias podem ser empecilhos, especialmente para empresas menores.
Mais de trinta gigantes empresas do âmbito florestal e parceiras do GT Colheita e Logística Florestal atuam no desenvolvimento de novas tecnologias e soluções dos principais gargalos do setor. Durante nossas reuniões, são desenvolvidas inovações do setor e, por meio do intercâmbio de experiências e conhecimentos, todos evoluem coletivamente com o objetivo de atingir a excelência operacional nos processos.
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