Secagem e Pré-pirólise da madeira para produção sustentável do carvão vegetal

Avanços na produção de carvão vegetal para secagem da madeira

 

A produção de carvão vegetal necessita de várias etapas, desde o campo até a indústria. Uma etapa crucial é a secagem da madeira, pois ela impacta diretamente o rendimento gravimétrico e a qualidade final do carvão vegetal. A secagem da madeira ao ar livre, em que a madeira permanece no campo, é a mais praticada devido seu baixo custo, mas se caracteriza como um dos grandes gargalos do processo. Por esse motivo, surgiu o projeto “Secagem e Pré-pirolise de madeira”, em parceria com a ArcelorMittal, maior produtora de aço do Brasil e líder no mercado mundial. 

O projeto tinha como objetivo desenvolver e validar um sistema de aproveitamento dos gases combustos do queimador de gases da carbonização para realizar a secagem e pré-pirolise (pré decomposição térmica da biomassa) da madeira, dentro do próprio forno de produção de carvão vegetal. 

A secagem artificial é uma alternativa para redução do tempo e aumento da eficiência do processo de carbonização, uma vez que a secagem em campo pode durar mais de 150 dias. Ela pode ser realiza em estufas, secadoras ou dentro do próprio forno de carbonização, que se torna uma alternativa para redução de custos de investimentos e de operação. 

O projeto foi realizado nas instalações do Laboratório de Paneis e madeira (LAPEM), liderado pela professora Angélica Carneiro, adaptando o sistema de secagem e pré-pirólise no sistema forno-fornalha. Após isso, foi realizado os estudos comparativos da secagem natural e artificial e seus impactos na produção de carvão vegetal, caraterização da madeira, obtenção das curvas de carbonização, avaliação da pré-pirólise, entre outras atividades que validam a operação técnica e econômica da pesquisa.  

O projeto foi um sucesso, comprovando que é possível utilizar os gases condensáveis da fase endotérmica do processo de carbonização, de modo, a maximizar o ciclo produtivo, a logística de transporte de madeira, o rendimento gravimétrico, qualidade do carvão vegetal e por fim melhor aproveitamento dos co-produtos da cadeia de produção.

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