Itens de Verificação e de controle
Um dos mais relevantes princípios da Gestão da Qualidade é a tomada de decisão baseada em evidência. Ela garante que o achismo e a intuição sejam deixados de lado e que somente ações com eficácia comprovada sirvam como base para determinação do futuro das empresas. Atrelado à isso um dos Gurus da qualidade, Deming, garante: “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”.
Porém é observado uma confusão comum nas organizações sobre porque um indicador está sendo coletado e como os resultados da medição podem gerar planos de ação para melhoria dos processos. Isso pode ser resultado da falta de uma comunicação efetiva, bem como falhas no processo de criação das ferramentas de coleta de dados.
Para ter solucionar esse problema, o primeiro passo é ter uma visão clara sobre que está se medindo. Dessa forma cabe conceituar o que são itens de verificação e de controle.
Retomando outro princípio da gestão da qualidade, a abordagem por processos, sabemos que a entrega de um resultado depende das tarefas executadas, do processo, durante o trabalho. Temos então que um resultado (efeito, produto ou serviço) depende do processo (causa, atividades executadas). Logo é importante que sejam medidos tanto os parâmetros de qualidade de produtos e serviços, quanto fatores intermediários e de suporte na operação. Isso é feito utilizando em conjunto os dois tipos de itens.
Itens de controle são definidos como aqueles que indicam como está a qualidade do produto final, ele é o efeito (é o que fica na “boca do peixe” do diagrama de Ishikawa). Ele possibilita a visão sistêmica da operação, responde se a organização está conseguindo chegar nos resultados planejados. Caso ocorra uma resposta negativa deve-se avaliar os itens de verificação. Exemplo: Índice de sobrevivência de mudas de florestas plantadas de Eucalipto.
Itens de verificação são aqueles que medem as causas de um processo, são relacionados à resultados intermediários, e influenciam diretamente na obtenção de bons resultados (é localizado nas “espinhas do peixe” no diagrama de Ishikawa). Ele permite identificar problemas nas operações e caso sejam percebidos desvios, eles servem de base para criação de planos de tratamento de não conformidade. Podemos os caracterizar então como as métricas de suporte que garantirão o alcance do seu índice de controle. Exemplos: Número de par de folhas de mudas espedidas; altura das mudas; conformidade do plantio.
Fontes usadas:
https://jorgeaudy.com/2016/01/27/william-edwards-deming-1900-1993
http://www.izi-qualidade.com.br/popups/articleswindow.php?id=5&print=print
https://efeito5.com.br/como-definir-os-indicadores-de-desempenho-dos-processos
João Victor Ribeiro Santos
Engenheiro de Produção
Coordenador do GT Qualidade Florestal