Impactos do COVID-19 e as ações do setor de ferroligas
Diante da atual crise econômica e social instaurada pelo coronavírus (COVID-19), é perceptível a redução no consumo de bens e produtos no país e no mundo. Os impactos causados pelo Coronavírus levarão as sociedades a repensarem a forma de consumo, comunicação e comportamento social. Um fato que esta ficando claro para todas as sociedades espalhadas pelo mundo, é que o investimento em Pesquisa e Tecnologia deve ser considerado no cerne de toda estratégia dos países que se preocupam com o futuro da humanidade.
Exemplo disso foi o trabalho desenvolvido pelas pesquisadoras brasileiras que sequenciaram o genoma viral causador do COVID-19 em 48 horas após primeira ocorrência de caso no Brasil. Imagine só se estivéssemos pesquisando alternativas de cura aos Coronavírus a mais tempo, mesmo sem a ameaça imediata aos humanos, estaríamos bem mais próximos de uma vacina, isso se já não estivesse disponível. Diversos setores foram mobilizados perante esta pandemia e tem contribuído para o monitoramento, controle e tratamento do COVID-19. A OMS orientou sobre a importância do isolamento social e tem sido uma das medidas protetivas adotadas no Brasil para controle do contágio, no entanto, nem todos têm aderido ao isolamento social.
A start up In Loco publicou um mapa do Brasil com índices de isolamento social (foto), baseado na localização de celulares e atualizado diariamente (InLoco, 2020). Destaca-se o Distrito Federal e o estado de Goiás com maior índice de isolamento social, 56,30% e 56,1%, respectivamente. Por outro lado, os estados de Mato Grosso e Mato Grosso de Sul os menores índices, 45,19% e 44,72%, respectivamente.
Além do empenho do Ministério da Saúde no Brasil, alguns empresários e empresas têm contribuído com recursos financeiros e disponibilizado materiais de higiene e proteção, equipamentos e, em alguns casos, mão-de-obra para contribuir com as demandas. As empresas do setor florestal têm feito a sua parte e adotados medidas protetivas no ambiente de trabalho.
No setor de Ferroligas, empresas que pensam a frente uniram-se com a SIF e a UFV no intuito de investir em Tecnologia e Desenvolvimento, visando melhorias em seus processos e produto final. Além disso, perante o cenário atual, as empresas ajustaram sua produção e adotaram medidas protetivas aos colaboradores, como:
– Medição de temperatura dos colaboradores à distância e antes do ingresso na empresa;
– Liberação de empregados do grupo de risco e casos com sintomas de gripe para home office e teletrabalho;
– Implementação de distância mínima de 1-2 metros em filas do restaurante, áreas comuns e deslocamento na empresa;
– Disponibilização de álcool em gel na entrada e dependências da empresa;
– Home office e teletrabalho para colaborados administrativos, e férias para estagiários e aprendizes;
– Preferência de ventilação natural, aumentando a circulação do ar;
– Cancelamento de eventos, treinamentos, cursos presenciais e viagens;
– Aumento no número de veículos para transporte dos colaboradores, intercalando poltronas.
Apesar deste cenário, medidas estão sendo tomada pelas empresas, a sociedade deve fazer sua parte e respeitar o isolamento social para que esse período passe o quanto antes.
Foto: Índice de isolamento social no Brasil, por estado
INLOCO, Índice de isolamento social. Inloco. 2020. Disponível em <https://www.inloco.com.br/pt/> Acesso em 12 de abril de 2020.
Humberto Fauller de Siqueira
Engenheiro Florestal
Coordenador Operacional do GT Ferroligas